sábado, 24 de novembro de 2007


[Infinita Highway, Engenheiros do Hawaii, Humberto Gessinger]

"Você me faz correr demais os riscos desta highway
Você me faz correr atrás do horizonte desta highway
Ninguém por perto, silêncio no deserto, deserta highway
Estamos sós e nenhum de nós sabe exatamente onde vai parar

Mas não precisamos saber pra onde vamos, nós só precisamos ir
Não queremos ter o que não temos, nós só queremos viver
Sem motivos nem objetivos nós estamos vivos e é tudo
É, sobretudo, a lei dessa infinita highway.
Infinita highway.

Escute garota, o vento canta uma canção
Dessas que uma banda nunca toca sem razão
Então me digam garotas? será a estrada uma prisão?
Eu acho que sim, você finge que não
Mas nem por isto ficaremos parados
Com a cabeça nas nuvens e os pés no chão
Então tudo bem, garota, não adianta mesmo ser livre
Citano a gente vive sem ter como comer

Estamos sós e nenhum de nós sabe onde vai parar
Estamos vivos sem motivos
Que motivos temos para estar atrás de palavras
Escondidas nas entrelinhas do horizonte desta highway?
Silenciosa highway
Infinita Highway

Eu vejo o horizonte trêmulo
Eu tenho os olhos úmidos
Eu posso estar completamente enganado
Eu posso estar correndo pro lado errado
Mas "a dúvida é o preço da pureza" e é inútil ter certeza
Eu vejo as placas dizendo não corra, não morra, não fume
Eu vejo as placas cortando o horizonte
Elas parecem facas de dois gumes

E a minha vida é tão confusa quanto a América central
Por isso não me acuse de ser irracional
Escute, garota, façamos um trato:
Você desliga o telefone se eu ficar um pé no saco

110, 120, 160 Só pra ver até quando o motor agüenta
Na boca em vez de um beijo, um chiclete de menta
E a sombra de um sorriso que eu deixei
Numa das curvas da highway
Silenciosa highway
Infinita highway"


Depois de três horas esperando pro show começar, ouvir essas duas musicas compensam ...

Mas não entendo essa Cidade, onde as pessoas gastam 40/80 reais pra ir na "área Vip" sem conhecer nada da banda ... onde o "show de abertura" irritou os fãs de verdade, afinal ninguém queria ouvir musicas de formatura antes de um cara que compõe "isso ai" acima ...




[3x4, Humberto Gessinger, Engenheiros do Hawaii]

Diga a verdade
Ao menos uma vez na vida
Você se apaixonou
Pelos meus erros...

Não fique pela metade
Vá em frente, minha amiga
Destrua a razão
Desse beco sem saída...

Diga a verdade
Ponha o dedo na ferida
Você se apaixonou
Pelos meus erros...

E eu perdi as chaves
Mas que cabeça a minha
Agora vai ter que ser
Para toda a vida...

Somos o que há de melhor!
Somos o que dá pra fazer...
O que não dá pra evitar
E não se pode escolher...

Se eu tivesse a força
Que você pensa
Que eu tenho,
Eu gravaria no metal
Da minha pele
O teu desenho...

Feitos um pro outro
Feitos pra durar!
Uma luz que não produz
Sombra!

Somos o que há de melhor!
Somos o que dá prá fazer...
O que não dá pra evitar
E não se pode esconder...

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

[Mercado de São Sebastião, Jucutuquara, 08/2007]


... formas, linhas e cores ganham vida, falam do passado e do presente. Mostram aspectos escondidos no íntimo dos espaços visíveis e invisíveis da paisagem!

[Mercado de São Sebastião, Jucutuquara, 08/2007]


... ver, sonhar, sentir e participar do espaço da cidade através das imagens é ir além das revelações da matéria, é transportar a imaginação para o âmbito das lembranças perdidas, para o devaneio que transcende o cotidiano. E o sonho se aprofunda em visões de uma cidade que se transforma no dia-a-dia perdendo e ganhando formas, refletindo o consciente e o inconsciente de uma arquitetura que se traduz em imagens livres e em diferentes símbolos ...

... as transformações da cidade através dos tempos apagam partes da sua história e escondem o passado. Restam a memória e o sonho. Restabelecidas pela sensibilidade as imagens da arquitetura nos transportam ao mergulho na liberdade de um mundo de volumes, formas, linhas, cores e personagens de um teatro de vida, em tempo indefinível!
[Mercado de São Sebastião, Jucutuquara, 11/2007]

É! o progresso está nos engolindo, espremendo ... encuralando o mercado. Mas um secreto encanto permanece latente: nas credices, nas garrafas milagrosas, nas receitas infalíveis de medicina popular misturadas em doses certas com o curandeirismo mágico, nas tranças das cestas onde ainda brincam os ágeis dedos dos artesãos, nos exóticos odores das ervas, dos legumas, das frutas ...
[Mercado de São Sebastião, Jucutuquara, 11/2007]


... gosto de feira e mercado! Neles a vibração e o calor humao, ato de vender e comprar mais que uma mera transação comercial, fria, como nos supermercados e lojas de departamentos. Na feira se conversa com o vendedor, se pechincha, os frutos da terra se expoem e podem ser tocados, cheirados e vistos na sua beleza natual ... é sempre com emoção que vejo aqueles tabuleiros cheios de frutas, verduras e legumes, exibindo suas formas e cores ...

quinta-feira, 15 de novembro de 2007


[Recife, 2007 ...]

[sonhei que estava em pernambuco] "... fiquei maluco quando o frevo passou. Mas quando estava no melhor da festa, ora, alguém me despertou! Quando acordei, ai ai, até chorei, ai ai, tudo mentira, ai ai, o que sonhei! Mas agora vou brincar. O frevo eu vou cantar, o frevo eu vou dançar, pra me controlar" [Lenine - composição Clovis Mamede]
[Manguinhos:meu paraiso escondido ... ]

[E se ... ] "E se o oceano incendiar ?!E se cair neve no sertão?! E se à meia-noite o sol raiar?! E se o meu país for um jardim?! E se eu convidá-la para dançar ?! E se ela ficar assim, assim?! E se eu lhe entregar meu coração?! E meu coração for um quindim?! E se o meu amor gostar então?! De mim ... "[Chico Buarque]

[Tucumàn, Argentina, 2004]

[Janela, porta, parede, teto, muro: se existem limites devemos descobrir como os transpor...]