[ pra te lembrar ] Nei Lisboa e Caetano Veloso
Que é que eu vou fazer pra te esquecer?
Sempre que já nem me lembro, lembras pra mim
Cada sonho teu me abraça ao acordar
Como um anjo lindo
Mais leve que o ar
Tão doce de olhar
Que nenhum adeus pode apagar...
Que é que eu vou fazer pra te deixar?
Sempre que eu apresso o passo, passas por mim
E um silêncio teu me pede pra voltar
Ao te ver seguindo
Mais leve que o ar
Tão doce de olhar
Que nenhum adeus pode apagar ...
Que é que eu vou fazer pra te lembrar?
Como tantos que eu conheço e esqueço de amar
Em que espelho teu, sou eu que vou estar?
A te ver sorrindo
Mais leve que o ar
Tão doce de olhar
Que nenhum adeus vai apagar...
Sim, eu sou introspectiva. Fico horas olhando para o nada, sempre me pego viajando, pensando. Penso em tudo. Na pessoas, nas feições, nas lembranças, em teorias...
Sim, eu sou ansiosa. Mas a ansiedade é um estado normal. Um tipo de ansiedade que me faz ficar acordada na véspera de prova. Que permite apesar do cansaço, ir nadar e caminhar.
Sim, sou suave. Amo o outro em suas diferenças, ao invés de torelá-lo ou estabelecer códigos ou leis para conviver com as diferenças.
Sim, as vezes estou radiante, como as vezes estou triste. Aprendi os meus limites, sei o quanto sou capaz de dar a volta por cima, independente do problema. Mas isso não impede os momentos de agonia e solidão. Para mim a solidão é necessária. Assim como a companhia de quem confio.
Sim, sempre vou lembrar. Seja de um sorriso, seja de um abraço, ou um não. E como diz a musica ' nenhum adeus vai te apagar ...' apesar das tentativas de esquecer ou simplesmente deixar. Mas não é nada demais, é o aprendizado. Hoje vejo que de nada adianta se esconder, ter medo ou permanecer na duvida.
Não. Não sei explicar as minhas afinidades com algumas pessoas. Afinidade é um dos poucos sentimentos que resistem ao tempo e ao depois. A afinidade não é o mais brilhante, mas é o mais sutil e delicado dos sentimentos. Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação, o diálogo, a conversa, o afeto, no exato ponto em que foi interrompido.
Não. Não consigo ter muitas afinidades. Ter afinidade é muito raro. Mas quando existe, não precisa palavras especiais para se manifestar. Existe antes do conhecimento e permanece depois que as pessoas deixaram de estar juntas.
Não. Não consigo compreender as minhas afinidades. Normalmente é não ter necessidade de explicar o que está sentindo. É olhar e perceber. É mais calar do que falar. Jamais explicar, apenas afirmar. Compreende sem ocupar o lugar do outro. Aceita sem questionar.
No final das contas afinidade é retomar a relação no ponto que parou sem lamentar o tempo da separação, porque tempo e separação nunca existiram. Foram apenas oportunidades dadas e tiradas pela vida para que cada pessoa pudesse e possa amadurecer e ser, cada vez mais, a expressão do outro.
domingo, 20 de julho de 2008
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