domingo, 30 de março de 2008

BRILHO ETERNO DE UMA MENTE SEM LEMBRAÇAS ...



mais um final de semana prolongado, mas nada de rotina! meu find's começou na verdade na sexta, passei o dia em Cariacica num seminário sobre Habitação e Cidadania, que me fez re-acreditar no possivel caminho pro tal do PG. Foi mais um daqueles dias que são marcos, são divisores de águas. sei que soa meio piegas, confesso que odeio frases feitas, mas foi bem assim que me senti, ou melhor, que estou sentindo ...

Foi um daqueles dias de sair, não beber (estou resistindo bravamente minhas idas a botecos), e rir horrores ... dia de re-ver amigos queridos ... de receber telefonemas inesperados, e atende-los com um sorriso de criança de felicidade ...
Mas o que isso tem haver com o esse brilho eterno? é que durante alguns momentos eu desejei apagar da memória uma pessoa, pra poder continuar seguindo os estudos, os futuros amores ... e toda vez que tenho esse desejo, paro pra assitir o filme. logo vc vai entender que o tenho visto sempre ultimamente ...




uma vez li uma critica sobre o filme, em que o jornalista assume que já não namora há alguns anos, e provavelemente vai completar outro dessa forma. pois já teve a sua cota de 'pés na bunda':

[com medo de me tornar uma pessoa amarga, resolvi que o incômodo da separação só adicionaria mais peso ao meu fardo. Eu tenho baixíssima tolerância ao término de uma relação, viro uma pessoa insuportável, não consigo fazer nada direito por um tempão, me torno a própria personificação do fracasso. Não gosto de mim depois que acabo uma relação e, depois que acabei me deprimindo quando me identifiquei com a letra de um pagode rasteiro, resolvi que era hora de parar com a palhaçada. Mais: honestamente, desde que eu liguei o "foda-se" para isso, minha vida tem se encaminhado sozinha. Claro, os amigos todos falam que eu devia parar com isso (tolos...), mas "Brilho eterno..." só atesta o que eu já sei e gostaria que todos entendessem: qualquer relacionamento em geral, como diz o título do álbum do This Mortal Coil, "Vai terminar em lágrimas". A diferença é se você está disposto a aceitar isso ou não.]

confesso que de vez em quando sinto-me assim também.

[ Sabe quando você se lembra de uma música, mas emendando os versos dela com o refrão de uma outra? Isso é reproduzido no filme: como a memória "remonta" as situações em nossa mente, roubando elementos de outras lembranças e colocando-as onde nunca existiram. E grande parte dos efeitos foi realizada na própria câmera (característica do diretor). E o modo como ele mostra a mente de Joel se apagando, o modo como ele insinua no cenário que aquilo que o personagem lembra não irá existir mais... "Brilho eterno..." acaba sendo um compêndio de psicologia, pois vários conceitos, psicológicos, cognitivos etc. acabam traduzindo-se com perfeição na tela e, o que é mais impactante, sem ser exibicionismo do diretor, integrados perfeitamente a história. Ajuda o fato que este é o roteiro mais sentimental de Kaufman. Ainda abusado, mas menos "espertinho", ele não tem medo de escrever com o coração e, pela metade do filme, quando o roteiro nos leva pelas memórias de infância de Joel, o compromisso que o escritor assume com a platéia é explícito; difícil não ficar com um nó na garganta.]

http://www.zetafilmes.com.br/criticas/brilhoeterno.asp?pag=brilhoeterno

emfim, Joel e Clementine se re-encontram, apaixonam-se ... mesmo tendo 'apagado' um ao outro em suas memórias. será esse o amor?

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