quinta-feira, 20 de março de 2008

"Não sei quantas almas tenho. Cada momento mudei. Continuamente me estranho. Nunca me vi nem acabei. De tanto ser, só tenho alma. Quem tem alma não tem calma. Quem vê é só o que vê, quem sente não é quem é, (...) Por isso, alheio, vou lendo como páginas, meu ser. O que sogue não prevendo, o que passou a esquecer. Noto à margem do que li o que julguei que senti. Releio e digo : "Fui eu ?" Deus sabe, porque o escreveu." [Fernando Pessoa]

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